7 de setembro de 2013 : Hoje completa 91 anos de atuação do rádio no Brasil

 O ano era 1922. A República Federativa do Brasil comemorava 100 anos desde que o Príncipe Regente D. Pedro bradou perante a sua comitiva a célebre frase “Independência ou Morte!” naquele 7 de setembro. Para homenagear o centenário do feito histórico, o então presidente do Brasil Epitácio Pessoa fez um pronunciamento direto do Teatro Municipal do Rio de Janeiro por meio de uma estação de rádio, que foi captada em Niterói, Petrópolis, na serra fluminense e em São Paulo, onde foram instalados aparelhos receptores.

A partir desse fato, nascia um dos mais importantes veículos de comunicação do Brasil. De acordo com dados históricos, para testar o novo meio de comunicação, os americanos da Westinghouse Electric instalaram uma estação de 500 W e uma antena no pico do morro do Corcovado (onde atualmente é o Cristo Redentor). O público ouviu o pronunciamento do presidente da República, Epitácio Pessoa e a ópera O Guarani, de Carlos Gomes.

Muitas pessoas ficaram impressionadas, pensando que se tratava de algo sobrenatural. A reação visionária de Roquette-Pinto a essa tecnologia foi: “Eis uma máquina importante para educar nosso povo”. Depois da primeira transmissão no Brasil em 1922, Roquette-Pinto tentou sem sucesso convencer o Governo Federal a comprar os equipamentos apresentados na Feira Internacional.

Para o bem da comunicação do Brasil, Roquette-Pinto não desistiu, e conseguiu convencer a Academia Brasileira de Ciências a comprar os equipamentos. Foi então criada a primeira rádio do país, a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro – atual Rádio MEC, fundada em 1922, e dirigida  por Roquette-Pinto, com um possante transmissor Marconi com dois mil Watts de potência.

Voltada para a elite do país, a programação da rádio incluía ópera, recitais de poesia, concertos e palestras culturais e tinha uma finalidade cultural e educativa. Como os anúncios pagos eram proibidos, a rádio era mantida por doações de ouvintes.

Ao completar 91 anos no Brasil, o meio rádio permanece na expectativa da resolução de vários projetos. Um deles tramita no Congresso Nacional. Os deputados federais estão com projeto de lei que flexibiliza a transmissão do programa A Voz do Brasil, um dos mais antigos ainda em atividade e que atualmente acaba sendo empecilho, principalmente nas grandes cidades, por ter sua veiculação às 19 horas, no período em que motoristas necessitam da informação do rádio para sua locomoção.

Além disso, existe a expectativa do início da migração das rádios AM para o dial FM. Há a possibilidade do governo federal liberar a migração a partir deste mês, se utilizando de uma medida provisória. Apesar de polêmica, a lei deve beneficiar milhares de emissoras. Se houver a permissão, as primeiras rádios a migrarem serão as que estão em regiões com dial convencional menos congestionado e passarão ocupar a faixa. A faixa estendida (que vai de 76 FM a 87 FM) deverá ser liberada apenas para os grandes centro, após o apagão das TVs analógicas. Existem ainda a previsão do início de novos testes com os padrões digitais para o FM.

Por fim, nesta sexta-feira, gestores e diretores de rádios da capital paulista reuniram-se para discutir ideias para a melhoria do rádio. O encontro foi considerado como o primeiro passo para que seja lançada uma campanha de fortalecimento do meio, que apesar da grande penetração que tem junto à população, ainda conta com uma pequena fatia do bolo de investimentos publicitários.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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