O rádio AM/FM continua liderando com folga a audiência no carro, mesmo diante da concorrência do rádio via satélite, serviços de streaming de música, podcasts e audiolivros sem anúncios.
De acordo com o estudo Share of Ear do segundo trimestre de 2025, da Edison Research, o AM/FM responde por 56% de todo o tempo de áudio no carro entre motoristas dos EUA — muito à frente da SiriusXM sem anúncios (13%) e do Spotify sem anúncios (6%). Quando o recorte considera apenas áudio com anúncios, a participação do AM/FM salta para 85%, consolidando-se como o meio mais eficaz para marcas alcançarem consumidores em larga escala.
O domínio do AM/FM também se mantém nos veículos elétricos. Mesmo em marcas como a Tesla, criticada por retirar o sintonizador AM, o rádio tradicional representa 51% do tempo de áudio no carro, superando podcasts (12%), SiriusXM sem anúncios (10%) e outros serviços de streaming. No caso do áudio com anúncios, o AM/FM chega a 74% da audiência entre proprietários de Tesla.
Entre outras grandes montadoras, o cenário é semelhante: Chevrolet (64%), Honda (62%), Subaru (60%), Toyota (56%) e Ford (55%) têm no AM/FM a principal fonte de áudio no carro. Até marcas de luxo como BMW, Audi e Lexus confirmam a liderança do rádio tradicional.
O relatório aponta ainda que a participação do AM/FM dentro dos veículos voltou aos níveis pré-pandemia, mantendo-se em 50% de todo o uso do rádio em 2024 e 2025 — acima da baixa de 40% registrada durante a pandemia.
Para o setor automotivo, o estudo traz dois recados claros:
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Para o design de produto – o AM/FM segue essencial para a experiência do motorista e não deve ser removido sem considerar seu papel.
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Para o marketing – o rádio continua sendo uma plataforma incomparável para atingir um público cativo e altamente engajado.