José Carlos Lopes, o “mais respeitado”: o amor pelo rádio e o jornalismo esportivo

A série de homenagens ao profissionais de imprensa do futebol goiano continua. Hoje iremos destacar a trajetória de José Carlos Lopes: “o mais respeitado”.

AMOR PELO RÁDIO

Que José Carlos Lopes é admirado e respeitado por todas as torcidas e pelos colegas de profissão não é novidade. Mas e a história dele, você conhece? Não? Então ele conta.

“Meu avô materno, Antônio Carrijo Machado, tinha um rádio de pilha, dos grandes. Um dia tive vontade de ouvir. Ele permitiu, mas avisou: não esquece ligado, se não a pilha acaba. Acho que foi um jogo de times paulistas, pois em Mineiros tinha duas equipes amadoras: Santos e Palmeiras, e éramos muito ligados ao estado de São Paulo. Foi assim que nasceu meu amor pelo rádio”, revela o cronista, torcedor de Santos e Goiás.

O início, na Rádio Eldorado, é curioso. “Estudava no Colégio Estadual José Alves de Assis, e o professor César, que sabia da minha vocação, me apresentou para o Elias Oliveira, diretor do colégio e da rádio. O Elias me deu um recorte de jornal pra ler e depois falou: passa aqui amanhã. Eu passei e comecei, no mesmo mês e ano da instalação da emissora, em outubro de 1979.

Fiquei até fevereiro de 1981, quando vim pra Goiânia”, completa. O objetivo era estudar e em 1983 Lopes entrou para o curso de Rádio e TV, na UFG. Na telinha, ele começou com José Carlos Rangel e se realizou trabalhando com os melhores da imprensa. “Evandro Gomes, Édson Rodrigues, Mané de Oliveira, Ricardo Lima, Jorge Kajuru… São muitos”, enumera Lopes, que já atuou em rádio, tv e jornal impresso.

Mas foi nas Feras do Kajuru que fez história, ao ter 98% do índice de audiência, cobrindo eventos internacionais e realizando sonhos. “A primeira Copa, nos Estados Unidos, com o Brasil tetracampeão, foi marcante. Mas o ápice foi a de 1998, na França, onde tivemos uma grande equipe e o cantor Ivan Lins”, relembra ele, que também cobriu o Mundial da Alemanha, em 2006.

Em seu currículo ainda consta sorteios de Copa do Mundo, Olimpíadas e a Copa Umbro, em 1995, na Inglaterra, onde conheceu o velho estádio de Wembley. Além de jornalista, Lopinho é advogado, casado, pai de duas filhas, e já foi professor de Geografia, História e Português. Hoje ele segue dando aula, mas de profissionalismo, sendo exemplo para as futuras gerações, todos os dias no programa Capital Esportes da TV Capital (canal 32), ao meio-dia.

TEXTO: MARCELO DURÃES

 

 

 

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