O cantor Chrystian, que fez parte da dupla “Chrystian e Ralf”, morreu na noite desta quarta-feira (19). Ele tinha 67 anos e estava internado em um hospital de São Paulo. A morte foi confirmada pela família, por meio de nota.
A assessoria do cantor afirmou que ele precisou ser hospitalizado após ser diagnosticado “com uma condição médica que exige repouso imediato e tratamento especializado”.
Em fevereiro, Chrystian foi internado Hospital do Rim, da Fundação Oswaldo Ramos, para se preparar para um transplante de rim. O artista havia sido diagnosticado com rim policístico, uma condição genética. A doação seria feita pela esposa, Key Vieira.
Entretanto, a cirurgia foi adiada para o final de 2024. Durante os exames pré-operatórios, foi preciso realizar um cateterismo no paciente.
“Esse procedimento exige o uso de uma medicação para afinar o sangue, por seis meses, e durante este tratamento não é permitido que seja realizada uma cirurgia”, segundo nota de esclarecimento publicada na rede social do artista.
Após ser hospitalizado nesta quarta-feira, a assessoria do cantor afirmou que ele estava seguindo todas as recomendações médicas. O artista tinha um show marcado para sábado (22) em Franco da Rocha, na Grande São Paulo.
Por meio de nota, a família disse que Chrystian dedicou 60 anos de sua vida à música sertaneja.
“Sua voz inconfundível e sua paixão pela música trouxeram alegria e emoção aos fãs em todo o Brasil.”
A família também agradeceu o apoio recebido por fãs, amigos e colegas de profissão.
Carreira e ‘Chrystian e Ralf’
Chrystian iniciou a carreira ainda na infância. Nascido José Pereira da Silva Neto, o artista começou a se apresentar em um clube de Goiânia aos 6 anos. À época, ainda era chamado de Zezinho.
O sucesso na cidade foi tão grande, que Chrystian ganhou um programa na televisão, chamado “Pinguinho de Gente”. Nos anos seguintes, ele e o irmão mais novo começaram a sonhar em se tornar uma dupla sertaneja.
Diante das oportunidades, a família decidiu levar os garotos para São Paulo. Segundo a biografia do artista, a mudança foi complicada e os meninos passaram por dificuldades.
“Para não passarem fome, pegavam as sobras de arroz e feijão das calçadas da zona cerealista, no bairro do Brás. Eles varriam os cereais, juntavam e levavam para a mãe cozinhar.”
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