WhatsApp adia prazo para público revisar nova política de privacidade

O Whatsapp anunciou que vai adiar para 15 de maio a vigência de suas novas políticas de privacidade no app. A decisão ocorreu em resposta à reação dos usuários sobre as práticas de compartilhamento de dados da empresa.

Anteriormente, a empresa havia estipulado cerca de um mês para que seus usuários aceitassem os novos termos: o aviso do Whatsapp disse que quem não aceitasse as novas políticas até 8 de fevereiro de 2021 não poderiam mais usar suas contas – elas ficariam congeladas.

“Ouvimos de muitas pessoas a confusão que existe em torno de nossa atualização recente. Tem havido muita desinformação causando preocupação e queremos ajudar todos a compreender nossos princípios e fatos”, escreveu a empresa em um post em seu blog.

Muitos executivos do Facebook, como Adam Mosseri, diretor do Instagram, e Will Cathcart, diretor do WhatsApp, tentaram explicar aos usuários do que se tratavam os novos termos. A medida, porém, não surtiu muito efeito, uma vez que aplicativos como Signal e Telegram viram seus downloads crescerem drasticamente nos últimos dias.

A nova política de privacidade do WhatsApp oficializa o compartilhamento de dados do app de mensagens com o Facebook (as duas plataformas fazem parte da empresa de Mark Zuckerberg). Trata-se apenas de uma oficialização, porque, na prática, isso já acontece desde 2016.

Na época, o WhatsApp deu uma janela de 30 dias para os usuários aprovarem ou não a coleta de dados do app de mensagens pelo Facebook para ajudar a “melhorar anúncios e experiências” na rede social — quem entrou no app depois dessa data, porém, compartilhou os dados automaticamente.

O Facebook ainda afirmou que os usuários que não concordarem com os termos não vão perder suas contas no aplicativo, e que elas terão tempo para conhecer a nova política. “Iremos pedir às pessoas que revisem gradualmente a política em seu próprio ritmo antes que novas opções de negócios estejam disponíveis em 15 de maio”.

Aqui no Brasil, a questão foi parar no Procon-SP. A instituição quer saber qual é a base legal da empresa para a mudança e o seu enquadramento na Lei Geral de Proteção de Dados, em vigor desde setembro de 2020 — a notificação ocorre após a Secretaria Nacional do Consumidor, do Ministério da Justiça e Segurança Pública, também tomar medida semelhante. O Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) também anunciou que entraria no caso.

 

 

 

 

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