O Corinthians anunciou nesta terça-feira (6) que fechou acordo de patrocínio com a cervejaria espanhola Estrella Galicia, empresa que já apoia o Deportivo La Coruña e o Celta, ambos do futebol espanhol. O contrato é válido por três anos. O patrocinador deve pagar R$ 10 milhões por ano ao clube.
O logotipo da Estrella Galicia não será estampado no uniforme de jogo, apenas nas roupas de treinamento e viagens devido a uma lei que impede a exposição de marcas de bebidas alcoólicas em camisa de jogo.
“O Corinthians em 2016 cresce dois dígitos no quesito patrocínio diante de um mercado difícil. Isso é resultado de um estudo que nós conduzimos no ano passado, que tentou mostrar quais eram os negócios em potencial”, Gustavo Herbetta, diretor de marketing do Corinthians.
O diretor lamenta a restrição do patrocínio na camisa principal.
“Se pudéssemos usar a marca no uniforme de jogo, o patrocínio seria muito maior”.
“Se considerarmos [ganhos] com material esportivo, a meta supera R$ 70 milhões. Esse patrocínio com a Estrella Galicia vem para somar”.
PARCERIA COM A AMBEV
Antes do anúncio do novo patrocinador, o Corinthians encerrou parte da parceria que mantinha com a Ambev. O acordo iria até 2017, mas foi quebrado após reunião na última segunda-feira (5) por decisão do clube alvinegro.
A medida foi necessária para que o time paulista pudesse fechar o acordo com a marca espanhola de cerveja, que não pertence ao grupo.
Em meio a uma crise financeira, o Corinthians busca novas fontes de receita para tentar minimizar as dificuldades em manter um time competitivo. Nos últimos dias, o time negociou André, Luciano, Bruno Henrique e Elias.
A negociação com a Estrella vinha se arrastando ao longo das últimas semanas e foi facilitada pelo fato de o CEO da marca no Brasil ser um ex-conselheiro corintiano: Fábio Rodrigues.
Apesar da quebra do vínculo, Corinthians e Ambev decidiram por manter uma parte do acordo. O time paulista continuará patrocinado pela Gatorade, bebida que ajuda os atletas a repor líquidos e sais minerais e é distribuída pela Ambev no Brasil.
Além disso, os dois optaram pela continuidade do Movimento Por Futebol Melhor, que consiste em incentivos aos programas de sócio-torcedor de diversos clubes do país.
O Movimento, aliás, já gerou uma receita anual de R$ 400 milhões e já totalizou R$ 80 milhões em descontos aos torcedores que são “fãs de carteirinha” de seus clubes.
Folha de São Paulo