Não contente em ocupar a liderança em audiência no segmento de esportes da TV por assinatura no Brasil, a Globosat se prepara para lançar até o final deste ano mais um canal esportivo: o SporTV 3. Com a novidade, o canal amplia sua oferta de programação esportiva para 72 horas diárias, atendendo aos pedidos dos aficionados do gênero. A ideia é aumentar a gama de eventos e modalidades oferecida ao assinante.
O novo canal ainda está sendo negociado com as operadoras e terá programação diversificada. Segundo Alberto Pecegueiro, diretor geral da Globosat, a estratégia de lançamento deste e de qualquer canal é uma combinação entre oferecer aquilo que os parceiros de distribuição demandam e o que os telespectadores brasileiros entendem que ainda não têm amplamente.
Apesar de tantos lançamentos, a capacidade de criação de canais está cada vez mais limitada em função da escassez das frequências da TV a cabo e do satélite, que são finitas, e também pelo alto custo. “Qualquer programador que desejar pode lançar um canal de TV paga, desde que contrate uma plataforma de transmissão via satélite. Há que se ter um contrato de distribuição entre programador e operador. Esta é uma questão sensível. Diferentemente de outros meios, a Globosat enfrenta a concorrência dos principais grupos de mídia do mundo, que operam no Brasil desde a década de 90, oferecendo uma ampla gama de canais e conteúdos, que chegam aqui com praticamente todos os seus custos já pagos e rentabilizados, seja por causa da venda em outras plataformas como cinema e homevídeo, seja porque operam em escala global, diferentemente da Globosat, que distribui seus canais apenas no Brasil”, defende Pecegueiro.
Mesmo assim, em 2010, as cem exibições de maior audiência da TV por assinatura foram da Globosat (segundo dados do Ibope). Dos 20 canais pagos com maior audiência no horário nobre em 2010, metade é da Globosat (de acordo com medição do Ibope de dezembro de 2010). Entre os dez canais citados como fundamentais para a manutenção da assinatura entre os assinantes, três são da Globosat (Ibope – maio/2011).
Mas, se a Globosat se acha pequena diante das programadoras internacionais, o que dirá um canal pequeno como o ÓTV, do Grupo Paranaense de Comunicação? O grupo conta com dois jornais impressos (Gazeta do Povo e Jornal de Londrina), um jornal online (Gazeta Maringá), uma emissora de TV aberta (RPC TV, que reúne as oito emissoras afiliadas à Rede Globo no Paraná) e duas rádios (98FM e Mundo Livre FM).
Faltava um canal a cabo e o ÓTV surgiu para preencher esta lacuna. “É um canal de Curitiba para quem vive na cidade. Sua proposta é o localismo, com conteúdos que amplificam tudo o que ocorre na capital paranaense. É um espaço para discussão de problemas, de soluções e de tudo o que acontece na cidade”, explica João Belmonte, gerente geral do canal.
No ar desde abril pelo canal 23 da Net Digital de Curitiba, o ÓTV procura aliar a agilidade do rádio e a profundidade do jornal. Assim, interrompe a programação toda vez que acontece algo de relevante na cidade, para entrar ao vivo do local do acontecimento. Também tem a missão de formar profissionais para trabalhar em televisão nas áreas de jornalismo, produção, dramaturgia e técnica-operacional. São sete horas diárias de programação com atrações sobre arte, cultura, comportamento, moda, gastronomia, cidadania, política e economia. Fora deste horário, informa a previsão do tempo, manchetes dos jornais do grupo ou mostra imagens do trânsito em tempo real por meio de câmeras localizadas em pontos estratégicos da cidade.
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