TBC forma jornalistas para mercado brasileiro

Em comemoração aos 36 anos da TBC, matérias especiais sobre a história deste canal

A TV Brasil Central sempre esteve de portas abertas para os estudantes de jornalismo. Um convênio com a Universidade Federal de Goiás permitia a presença de estagiários no quadro da emissora. Se tivesse um bom desempenho, o profissional era contratado no fim do estágio. Essa prática ajudou a formar muitos repórteres, produtores e editores que hoje estão no mercado em Goiás e em outros Estados.

Muitos profissionais conhecidos dos telespectadores e leitores goianos começaram a carreira na TBC: Jordevá Rosa (TV Serra Dourada); Carlos Magno (Record), na foto à esquerda; Lila Nascimento, Bernadete Coelho e Lilian Lynch (TV Anhanguera);e  Cileide Alves (O Popular), são alguns exemplos. Outros jornalistas saíram de Goiás para trabalhar em alguns dos veículos de comunicação mais importantes do País. Denise Madueño, que foi repórter na emissora, hoje, integra a equipe do Jornal O Estado de São Paulo, em Brasília. Mônica Carvalho, atualmente, trabalha na Globo News.  Helter Durarte também deu os primeiros passos no jornalismo na TBC, passou pela TV Anhanguera e, agora, está na Globo do Rio de Janeiro.

Fadua El Kadi (foto) entrou na emissora goiana como estagiária no final de 1982, depois, foi contratada e trabalhou 10 anos na televisão. A jornalista participou de coberturas históricas como a reportagem sobre as Diretas já, com Tancredo Neves, Ulysses Guimarães, Lula e Fernando Henrique Cardoso. Fádua  também fez várias matérias especiais, uma delas sobre a Ferrovia Norte-Sul. “Acho que fomos a primeira equipe no Brasil, a percorrer as cidades por onde ia passar a tal Ferrovia Norte-Sul que só agora começa a se concretizar. Percorremos mais de 4 mil quilômetros de Luziânia até Açailândia no Maranhão”, detalha.

A jornalista também conta que se arriscou em coberturas sobre a reforma agrária em plena ditadura militar. Naquela época, as equipes tinham que enfrentar os posseiros, os grileiros e os capangas para fazer as reportagens. “Uma vez nós entramos em uma fazenda perto de Araguaína, de um homem considerado grileiro e que mantinha a área vigiada por capangas armados. Conseguimos entrar e mostrar as condições de trabalho em que viviam as pessoas que moravam lá. Quando o proprietário soube, foi até o hotel onde a gente se hospedava e queria a fita de qualquer jeito. Eu comuniquei o fato à Polícia Federal e conseguimos nos livrar dele”, lembra.

Mara Moreira teve uma trajetória parecida. Em 1982, a jornalista também fez estágio e foi contratada para trabalhar na reportagem. No fim dos anos 80, passou a fazer parte do núcleo de documentários. “Nós tínhamos muita liberdade para criar. Durante a semana, nós trabalhávamos no jornalismo e no fim de semana fazíamos documentários. Era uma equipe muito entusiasmada”, elogia.

Ela ficou na emissora até 1991, quando saiu para trabalhar na Secretaria de Comunicação do governo do Distrito Federal. Depois, voltou a produzir documentários, mas de forma independente. Alguns foram exibidos pela Cultura e pela TV Brasil. Hoje, Mara é assessora parlamentar no Senado Federal e continua produzindo vídeos.

O estágio também deu oportunidade a Valteno Oliveira (foto), outro profissional bem sucedido que iniciou a carreira na TBC. Ele foi contratado em 1987, quando tinha acabado de sair da faculdade. Como repórter, participou de toda a cobertura do acidente com o Césio 137.  Em 89, o jornalista viajou para a França para cobrir a Feira de Dijon, que naquele ano tinha a participação do Estado de Goiás. Na companhia do cinegrafista Helder Soares, Valteno enfrentou um grande desafio. “Foi incrível porque não tinha como gerar a matéria via satélite, não existia esse recurso, então, nós fazíamos a reportagem e mandávamos por avião”, revela.

A TV Bandeirantes ficou sabendo que uma equipe de Goiás estava na Europa e decidiu contratá-la para fazer a cobertura das eleições em Paris. Foi a primeira vez que os brasileiros puderam votar fora do País. Quando as eleições terminaram, Valteno Oliveira e Helder Soares foram para a Espanha fazer uma matéria com o jogador goiano Baltazar que jogava em um time de Madri. “Foi uma experiência muito importante para a minha carreira. Depois disso, eu fiz muitas matérias para a Band”, afirma Valteno.

Em 1990, Valteno deixou a TBC para trabalhar na Rádio CBN, em Brasília. Atualmente, ele é repórter da Band, onde atua principalmente na área de política. Recentemente, o jornalista fez a cobertura ao vivo da posse da presidente Dilma Roussef e da morte do ex-vice-presidente José Alencar.

noticias.goias.gov.br

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