A Infraero, empresa que administra os aeroportos brasileiros, adotou este ano a medida tomada em 2009 pela Petrobras, que decidiu publicar em seu blog as questões feitas pelos jornalistas e as respostas da empresa aos respectivos questionamentos. Na época, a Petrobras gerou polêmica ao postar as perguntas e respostas antes da publicação das matérias nos veículos de imprensa. No entanto, segundo Cibele Nunes, gerente na Superintendência de Marketing e Comunicação Social da Infraero, a empresa aguarda a publicação dos veículos para divulgar a íntegra das respostas dadas aos jornalistas.
De acordo com ela, a medida evita equívocos. “A empresa dá uma resposta completa, mas o jornalista edita, e a resposta nem sempre aparece como deveria. Todas as perguntas que os jornalistas nos fazem estão no site da Infraero, para quem quiser ver. Além da transparência, passou a ser uma ferramenta de trabalho para esclarecer dúvidas dos jornalistas”, explicou Cibele, no Congrecom, 2 Congresso Sul-Brasileiro de Comunicação e Marketing no Serviço Público, nesta terça-feira (10/5) em Florianópolis.
Cibele contou que a Infraero precisava reverter um aumento de 90% de menções negativas à empresa em 2010. O aumento se concentrou em notícias sobre o andamento da infra-estrutura aeroportuária para a Copa de 2014.
Internautas exigem mais tempo do que a imprensa
No entanto, nas redes sociais a empresa diminuiu seu número de citações negativas. A busca pelos perfis da Infraero nas redes aumentou e a interação também. “Registramos mais de 5 mil interações nas redes sociais. O trabalho que a gente já tem nas redes sociais é maior do que a procura pela assessoria de imprensa”. No último ano, a empresa respondeu a mais de mil pedidos de veículos.
Para Cibele, a mídia social alerta quando é hora de agir. “As redes sociais são um termômetro do que pode virar pauta na grande imprensa, as reclamações e boatos surgem nas redes e fazemos um trabalho para esclarecer”. De acordo com ela, as principais dúvidas e boatos são gerados porque boa parte da população credita à Infraero responsabilidades que são exclusivas das companhias aéreas.