A Record entrou em campo para tentar impedir que o Flamengo assine contrato com a Globo relativo a transmissão de seus jogos pelo Campeonato Brasileiro, a partir de 2012.
“A presidente [Patricia Amorim] tem de explicar aos conselheiros e sócios do clube como ela, tendo uma proposta de R$ 44 milhões por ano pela TV aberta, não quer nem discutir uma proposta de R$ 100 milhões por ano”, disse Thomaz Naves, diretor da Record no Rio de Janeiro.
Como não consegue se reunir com a presidente do clube, e Michel Levy, vice de finanças, a Record apelou ao Conselho Fiscal. A TV quer detalhar a proposta de R$ 100 milhões por 16 jogos da TV aberta para um número maior de pessoas, o que aumentaria a pressão sobre os responsáveis pela negociação.
Todavia, para exibir o Flamengo 16 vezes, a Record precisaria ter pelo menos mais oito clubes sob contrato, já que a lei brasileira exige que as duas equipes autorizem a transmissão. A emissora diz que a responsabilidade de exibição é dela, e que o clube receberia os R$ 100 milhões anuais independentemente do desfecho.
“O Flamengo ficaria liberado para vender à Globo não só todas as outras mídias como também seus demais 22 jogos na TV aberta. E a responsabilidade de pôr esses jogos no ar é nossa”, disse Naves.Enquanto isso, Alexandre Kalil, presidente do Atlético/MG, recebeu em Belo Horizonte executivos da Record. Segundo ele, não houve proposta financeira, que será enviada até a próxima terça-feira (5).