A Record ainda tenta impedir que a Globo mantenha, nos bastidores, a hegemonia dos direitos de TV do Campeonato Brasileiro. A emissora aposta no Flamengo para tentar virar o jogo, e faz pressão sobre a diretoria para que os rubro-negros não assinem com a emissora carioca.
“A presidente tem de explicar aos conselheiros e sócios do clube como ela, tendo uma proposta de R$ 44 milhões por ano pela TV aberta, não quer nem discutir uma proposta de R$ 100 milhões por ano”, disse Thomaz Naves, diretor da TV Record no Rio de Janeiro, ao Lance!.
Como não consegue se reunir com Patrícia Amorim, presidente do clube, e Michel Levy, vice de finanças, a Record apelou ao Conselho Fiscal. A TV quer detalhar a proposta de R$ 100 milhões por 16 jogos da TV aberta para um número maior de pessoas, o que aumentaria a pressão sobre os responsáveis pela negociação.
O problema é que nenhum outro clube está fechado com a Record. Grêmio, Cruzeiro, Coritiba, Vitória, Goiás, Coritiba, Vasco, Sport, Santos, Bahia e Corinthians já assinaram com a Globo.
Já o Clube dos 13 diz ter 15 clubes sob contrato com a RedeTV!. Seis deles teriam concordado voluntariamente: São Paulo, Atlético-MG, Atlético-PR, Internacional, Portuguesa e Guarani. Flamengo, Botafogo, Vasco, Grêmio, Cruzeiro, Coritiba, Sport, e Vitória assinaram compulsoriamente, já que a entidade de Fábio Koff usou procurações assinadas pelos dirigentes anteriormente para selar o compromisso.
Para exibir o Flamengo 16 vezes, a Record precisaria ter pelo menos mais oito clubes sob contrato, já que a lei brasileira exige que as duas equipes autorizem a transmissão. A emissora diz que a responsabilidade de exibição é dela, e que o clube receberia os R$ 100 milhões anuais independentemente do desfecho.
“O Flamengo ficaria liberado para vender à Globo não só todas as outras mídias como também seus demais 22 jogos na TV aberta. E a responsabilidade de pôr esses jogos no ar é nossa”, disse Naves, ao Lance!.